segunda-feira, 31 de maio de 2010

O vício do tabaco e do álcool


Jornei Costa

Século XX, ano, 1970, moda: fumar. As pessoas com mais de quarenta e cinco anos devem  lembrar muito bem do tempo que ser fumante era estar na moda e para o público masculino era o passaporte para  a autoafirmação como “homem”. Na época em referência, o hábito de fumar e os problemas de saúde como o câncer, enfarto, problemas circulatórios, diabetes e outros malefícios eram simplesmente ignorados. Este processo de alienação das consciências era feito por uma propaganda criminosa, por interesses econômicos das empresas do tabaco e do Estado. A omissão do Estado, neste inquestionável  problema de saúde pública ocorria pela falsa ideia de que os impostos originados eram  maiores que os custos resultantes dos efeitos negativos do hábito de fumar da população.

Quando o Estado percebe o equívoco, inverte-se a relação de apoio, ou seja, o cigarro, passa de mocinho a vilão. Enquanto isso, o povo, que com o passar do tempo  torna-se um pouco mais culto, a partir do contacto com outras mídias, como por exemplo a escrita e, com maior acesso a educação começa a questionar um hábito mais adequado  ao modo comportamental do seu primitivo primo macaco. É o fim da era do tabaco.

E o álcool? Afinal, por que ainda está na moda ingerir álcool (bebidas destiladas e fermentadas)? Ingerir álcool é bom ou é ruim? Se desenvolver cirrose hepática, problemas de hipertensão, ficar condicionado a ter que tomar diariamente ou semanalmente bebida alcoólica, de viver em constante conflito com a família, de perder a capacidade cognitiva, de provocar um rombo nos cofres públicos e das empresas privadas de alguns bilhões de reais por afastamento do trabalho for bom, então, ingerir álcool é bom. Se tudo isso não for bom, então, ingerir álcool não é bom.

Também, a exemplo do cigarro, o governo deveria posicionar-se contrário a propaganda de bebidas alcóolicas, pois na saúde pública o custo do vício do álcool, hoje,  considerando os efeitos como doença, deve estar do mesmo tamanho dos  impostos incidentes sobre estas bebidas.

Todavia, enquanto não removemos os “mocinhos” que fazem propaganda desta velada roleta russa, resta-nos o desafio da percepção da nossa condição humana e anteciparmos a opção de não estarmos na moda, ditando pois,  o fim da era do álcool.

domingo, 30 de maio de 2010

O crack e o Estado


Jornei Costa

Pois finalmente o Estado, na pessoa do senhor presidente, resolve desempenhar o seu papel e enfrentar de frente a epidemia do crack.  Para tanto, o Presidente assinou no dia 20 de maio Decreto destinando 410 milhões para o chamado Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack [conforme matéria publicada no dia 21/05/2010 no Jornal A Noticia de Joinville].

O Plano integra vários ministérios, entre eles o da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Justiça. O escopo da proposta me parece factível. O Plano prevê várias medidas, tais como internação de pacientes com o aumento do número de leitos na rede de hospitais do SUS, criação de Casas de Passagem nas cidades com mais de 500 mil habitantes, investimento em recursos humanos com a formação de profissionais especializados para tratar dos drogados através das universidades, uso das polícias e da Justiça na apreensão, repressão e combate ao tráfico, assistência psicossocial.

É importante destacar que a proposta acima é de cunho administrativo e para operacionalizá-la será necessária a participação efetiva dos municípios, gerenciado, é claro, pelos senhores prefeitos. E isto foi explicitado pelo Presidente quando ele diz que aos municípios cabe a responsabilidade pela implementação da política de enfrentamento. Portanto, cada município terá que dialogar com a União no sentido buscar o aporte de recursos para então elaborar a política a ser implementada.

Importante: conforme a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, o tratamento do viciado em crack requer internação, ao contrário de outras drogas que não exigem tratamento Full Time. [G1, 20/05/2010]

Quando percebi já havia escrito quatro parágrafos sobre o  assunto: crack; foi quando me perguntei por qual  razão teria levado um cidadão comum como eu a pensar sobre tal questão? Epidemia. Guerra. Foram estas palavras que mexeram com a minha consciência. Em situações epidêmicas ou de guerra todo cidadão precisa ajudar e é isto que pretendo fazer, ajudar.

Confesso que sei pouco sobre a questão, mas creio que o mínimo que sei foi suficiente para afirmar que o problema de viciados em crack é muito sério. Trata-se de uma droga de fácil acesso, de preço baixo e com alto poder de condicionamento e que atinge todas as classes sociais. Um detalhe importante que consta na literatura sobre a droga é que a pessoa corre grande risco de ficar viciada ao experimentá-la. Por esta razão, entre muitas outras, é que há a necessidade de se trabalhar a questão do crack de uma maneira mais abrangente e universal. E, tratando-se de um problema de saúde epidêmica, penso que apenas medidas repressivas e curativas são insuficientes. Historicamente esse tipo de problema precisa de medidas preventivas e educativas.

Prevenção e educação. O Estado precisa participar de modo mais efetivo também custeando campanhas em todas as mídias alertando para o problema. E a sociedade não pode fazer “vistas grossas” para o caso, mas ser incisiva na cobrança de ações e avaliações de resultados.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ao príncipe: tudo; à plebe impostos


No principado todos estavam preocupados e a pergunta que permeava os vales e as colinas era:  "por que o 'Senhor' nunca estava satisfeito com tamanho dos tributos?" O tempo ia passando e a cada dia tínhamos que trabalhar mais para atender a parte dos impostos que aumentava todo ano; à plebe, atordoada, sem entender muito bem a razão de tantos sacrifícios, restava suar mais.

[Para ler todo o texto clique no título]

sábado, 1 de maio de 2010

Alterando o destino


Precisamos criar espaço e oportunidade para questionar a herança do aprendizado implantado ou absorvido, por vezes, por situações apenas circunstanciais. Precisamos, pois, ser determinados e ter coragem para apagar registros que não passam de entulhos, criando a possibilidade para um novo sonho e uma nova realidade.
[Para ler o texto completo clique no título acima.]

Salvatore Adamo - F comme Femme (Tradução)

ne me quitte pas -Enrico Macias.-Μη μ' αφήνεις μη,