por Jornei Costa
A culpa de eu não tirar na Mega-Sena é do João Batista Pereira Neto de Azambuja Tavares, meu tetravô, que não deixou em seu legado cultural a duvidosa prática do espírito de aventurar-se em jogos e loterias. Pronto, falei, aliás eu vinha com essa mágoa trancada na garganta a muito tempo; agora todos vocês sabem porquê sou pobre.
Em termos de instrução escolar confesso, um pouco contragosto, que tenho só uma parte do ensino básico, mas, aos trancos e barrancos, sei ler. Claro que eu sempre fui um apaixonado pela literatura e pelos cálculos, coisa que eu aprendi a fazer de cabeça. Se não mergulhei mais na arte das ciências foi por culpa da minha mãe, que embora sempre me tenha dito que o futuro está nas mãos de quem estuda, ela nunca conseguiu me explicar como o homem chegou à lua usando um veículo tão pesado; e aí resolvi gastar meu tempo jogando sinuca no clube dos Nem-Nem - nem estudam e nem trabalham.
Mas foi bom eu abrir a boca, afinal a gente nunca está livre de fofocas, e já havia um zum-zum que eu não era muito chegado aos estudos e muito menos ao trabalho. Logo eu, que sempre tive o hábito de levantar cedo, às 11 horas eu já estou com o café tomado e, certamente, já gastei uma centena de dedos de prosas com a turma da esquina do banco Internacional da Ociosidade Perene.
Uma noite tive uma luz: vender roupas de grife. O tempo passou, gastei algumas centenas de quilocalorias da minha nobre energia, mas o negócio não saiu da minha cabeça e tudo por culpa dos meus pais, que se negam a fazer o aporte de uma “graninha”. É sempre assim, a gente batalha, batalha, e quando chega a hora dos pais dar uma mãozinha, eles não fazem nada. Pelo menos agora vocês sabem de quem é a culpa se não tive sucesso nos negócios.
Mas fazer o que, tentar a gente tenta; vejam a quanto tempo que espero uma boa oportunidade de emprego, mas o mercado não reage. Só nos últimos cinco anos enviei dois currículos, e, nada. Depois, esses fofoqueiros vão dizer que eu não quero trabalhar, mas não sabem eles que a culpa não é minha e, sim, da globalização.
Resumindo estou chegando a conclusão que a natureza está conspirando contra, afinal vocês acham que eu tenho “culpa no cartório” se tudo dá errado para mim?
Em termos de instrução escolar confesso, um pouco contragosto, que tenho só uma parte do ensino básico, mas, aos trancos e barrancos, sei ler. Claro que eu sempre fui um apaixonado pela literatura e pelos cálculos, coisa que eu aprendi a fazer de cabeça. Se não mergulhei mais na arte das ciências foi por culpa da minha mãe, que embora sempre me tenha dito que o futuro está nas mãos de quem estuda, ela nunca conseguiu me explicar como o homem chegou à lua usando um veículo tão pesado; e aí resolvi gastar meu tempo jogando sinuca no clube dos Nem-Nem - nem estudam e nem trabalham.
Mas foi bom eu abrir a boca, afinal a gente nunca está livre de fofocas, e já havia um zum-zum que eu não era muito chegado aos estudos e muito menos ao trabalho. Logo eu, que sempre tive o hábito de levantar cedo, às 11 horas eu já estou com o café tomado e, certamente, já gastei uma centena de dedos de prosas com a turma da esquina do banco Internacional da Ociosidade Perene.
Uma noite tive uma luz: vender roupas de grife. O tempo passou, gastei algumas centenas de quilocalorias da minha nobre energia, mas o negócio não saiu da minha cabeça e tudo por culpa dos meus pais, que se negam a fazer o aporte de uma “graninha”. É sempre assim, a gente batalha, batalha, e quando chega a hora dos pais dar uma mãozinha, eles não fazem nada. Pelo menos agora vocês sabem de quem é a culpa se não tive sucesso nos negócios.
Mas fazer o que, tentar a gente tenta; vejam a quanto tempo que espero uma boa oportunidade de emprego, mas o mercado não reage. Só nos últimos cinco anos enviei dois currículos, e, nada. Depois, esses fofoqueiros vão dizer que eu não quero trabalhar, mas não sabem eles que a culpa não é minha e, sim, da globalização.
Resumindo estou chegando a conclusão que a natureza está conspirando contra, afinal vocês acham que eu tenho “culpa no cartório” se tudo dá errado para mim?
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