by JCosta
Pois o transtorno
dissociativo de identidade é um estado mental presente em algumas pessoas, as
quais, dependendo das circunstâncias, ora se comportam de uma maneira, ora de
outra, assumindo duas ou múltiplas personalidade.
No dia-a-dia nos
deparamos com algumas situações típicas de pessoas com o distúrbio do
transtorno de identidade nos mais variados espaços, entre elas, pode-se
destacar alguns funcionários, cujas funções lhes conferem o poder de decisão;
estas, quando não têm a capacidade de elaborar e entender a finalidade para o
qual foram contratados, desviam-se da atribuição fim e comportam-se como
verdadeiros idiotas, fazendo uso do poder para vomitar ordens com requintes de
humilhação e, normalmente, constrangedoras.
No trânsito, um dos
espaços mais democráticos, onde todos são iguais, segundo a legislação vigente,
seguidamente vemos indivíduos conduzindo “carrões” de marcas famosas
acharem que tem o poder dos "reis" e, nesta posição de conflito de
identidades pintam e bordam até seu vizinho de pista abrir a janela e
avisá-lo que ele está vivendo a sua segunda personalidade: a de idiota.
A vaga é para portadores
com limitações físicas, mas eis que de súbito um indivíduo estaciona seu
automóvel, tranca as portas, olha para trás, dá um sorriso de “levei vantagem”
e afasta-se com a destreza de um atleta olímpico sem, é claro, colocar a
placa de identificação prevista para estas vagas; mais um idiota travestido de
"rei".
Na alfândega o
"rei" é parado para identificação, o guarda pede a carteira de
identidade, ele, vivendo o frenesi do poder de sua profissão, logo vai
mostrando a sua carteira funcional pensando, com toda certeza, que é o dono do
mundo, mas de pronto é surpreendido pelo gesto de negação do modesto
funcionário que tem o dever de lhe informar que a lei prevê a
identificação com a velha e conhecida Carteira de Identidade expedida pela
Secretaria de Segurança Pública. Mas o impasse não para por aí, primeiro o
"rei" surta, faz a velha e tradicional pergunta: “tu sabes com quem
estás falando?” e o guarda, na obrigação de realizar o seu trabalho diz:
“lamento meu senhor (a), acalme-se, senão vou ter que solicitar a sua prisão”;
o "rei" acalma-se, mete a mão no bolso tira a Carteira de Identidade
mostra para o guarda e atravessa a fronteira no seu novo papel: o de idiota.
Um pouco de lucidez e
humildade não faz mal a ninguém e com estes singelos e virtuosos atributos, a
convivência entre as pessoas será bem mais agradável e saudável. Afinal, quem
precisa de "reis"?
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