by JCosta
Com
esta expressão “meu filho sabe tudo de computador” os pais
correm sérios riscos de estarem incentivando seus filhos ao uso da
máquina a aprenderem matemática e português básico, habilidades
que vão decidir o futuro da nossa sociedade.
Vejam
o que disse Arnaldo Nisker, doutor em Educação e membro da Academia
de Letras (ABL): “Estamos vivendo uma crise na qualidade dos nossos
recursos humanos, o que acarreta graves consequências, pois muitas
empresas se queixam de não poderem alcançar progresso em virtude
dessa deficiência, que se revela em todos os graus de ensino,
especialmente no médio e no superior”.
Segundo
o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o desempenho
em matemática de alunos brasileiros, entre 65 países avaliados,
ficou na 58º posição, ficando atrás do Chile, México, Uruguai e
Costa Rica e à frente da Colômbia e Peru. Todavia, há que se
destacar que entre 2003 e 2012, a média de desempenho dos estudantes
brasileiros saltou 35 pontos, ou seja, de 356 para 391 pontos ficando
100 pontos abaixo da média de 494 pontos da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte:
G1-EDUCAÇÃO, 03/12/2013.
Portanto,
penso, sem qualquer dúvida, que é preferível usar uma folha de
papel e um bom lápis preto nº 2 e saber matemática básica a
operar uma máquina super-rápida com processamento em bits quânticos
e ser totalmente analfabeto no uso dos números. O mesmo vale para a
língua-padrão, no caso, o português. “Ele domina o computador”,
mas escreve assessor com um “c” e “ç” “aceçor”.
Enquanto isso, tratava-se uma guerra de conflitos entre o
mercantilismo da venda de máquina, a ilusão de uma geração com
pouca consciência e a educação brasileira. E aí fica a pergunta:
como retirar o Brasil da 58º do ranking da OCDE?
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