Tudo tem o seu tempo. A natureza é feita de ciclos. Um ciclo
termina, começa outro. A vida é um
exemplo de ciclo, cuja trajetória descreve um semiarco: início, meio e fim. Até
podemos estender o semiarco e o ponto de inflexão da curva. Em teoria o tempo
do ciclo até pode ser alterado, o seu fim não.
Os sistemas vivos quando não
alimentados morrem. Todos os sistemas estão sujeitos a mudanças, seja pela
influência de fatores sobre os quais não temos poder de controle ou, em alguns
casos, pela sinergia do ser humano. As empresas para permanecerem vivas
precisam revisar e lançarem novos produtos.
Quem faz tecnologia está sempre à procura de melhorias e buscando
identificar novas necessidades. Modelos econômicos ao se exaurirem são abandonados.
Teorias são revisadas. Os dogmas permanecem imutáveis. Tem situações em que a
essência do modelo permanece, é oportuna e circunstancial; em outras, faz-se
necessário mudanças, inclusive do núcleo.
As escolas e universidades precisam
fazer correções em seus currículos. Ao não se fazer correções nos currículos
corremos o risco de ficar-se atrasado em relação a novos desafios. A política
precisa mudar. O que ainda era válido ontem, já não vale mais hoje. Olhar para
a realidade e para o futuro do mundo regional e global é uma imposição de
sobrevivência racional. Práticas até então aceitas podem se esgotarem por
confrontarem com novas referências. Padrões até então aceitos como normais
passam a serem anormais. As pessoas se cansam, ficam enjoadas, se estressam.
Vive-se num mundo de infinitas
possibilidades.
As referências mudaram. O padrão foi revisado. O metro ao ser
revisado volta a ter mil milímetros. O ângulo reto que para alguns tinha
oitenta e oito graus, agora precisa ter noventa. Novas exigências nasceram. Um
ciclo termina, inicia-se outro. Os sistemas vivos estão sujeitos a mudanças, ás
vezes para pior, às vezes, para melhor. Mas, no campo da mobilidade das grandes
cidades, todos estão convencidos que a solução é o transporte coletivo de
qualidade; para o clima, a redução do efeito estufa. E, na política da América
de Sul, a Argentina já começa a dar sinais que o ciclo do abuso de poder
generalizado está chegando ao seu final. Talvez, na política, surja um novo
ciclo, o do abuso de poder eventual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário