domingo, 30 de maio de 2010

O crack e o Estado


Jornei Costa

Pois finalmente o Estado, na pessoa do senhor presidente, resolve desempenhar o seu papel e enfrentar de frente a epidemia do crack.  Para tanto, o Presidente assinou no dia 20 de maio Decreto destinando 410 milhões para o chamado Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack [conforme matéria publicada no dia 21/05/2010 no Jornal A Noticia de Joinville].

O Plano integra vários ministérios, entre eles o da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Justiça. O escopo da proposta me parece factível. O Plano prevê várias medidas, tais como internação de pacientes com o aumento do número de leitos na rede de hospitais do SUS, criação de Casas de Passagem nas cidades com mais de 500 mil habitantes, investimento em recursos humanos com a formação de profissionais especializados para tratar dos drogados através das universidades, uso das polícias e da Justiça na apreensão, repressão e combate ao tráfico, assistência psicossocial.

É importante destacar que a proposta acima é de cunho administrativo e para operacionalizá-la será necessária a participação efetiva dos municípios, gerenciado, é claro, pelos senhores prefeitos. E isto foi explicitado pelo Presidente quando ele diz que aos municípios cabe a responsabilidade pela implementação da política de enfrentamento. Portanto, cada município terá que dialogar com a União no sentido buscar o aporte de recursos para então elaborar a política a ser implementada.

Importante: conforme a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, o tratamento do viciado em crack requer internação, ao contrário de outras drogas que não exigem tratamento Full Time. [G1, 20/05/2010]

Quando percebi já havia escrito quatro parágrafos sobre o  assunto: crack; foi quando me perguntei por qual  razão teria levado um cidadão comum como eu a pensar sobre tal questão? Epidemia. Guerra. Foram estas palavras que mexeram com a minha consciência. Em situações epidêmicas ou de guerra todo cidadão precisa ajudar e é isto que pretendo fazer, ajudar.

Confesso que sei pouco sobre a questão, mas creio que o mínimo que sei foi suficiente para afirmar que o problema de viciados em crack é muito sério. Trata-se de uma droga de fácil acesso, de preço baixo e com alto poder de condicionamento e que atinge todas as classes sociais. Um detalhe importante que consta na literatura sobre a droga é que a pessoa corre grande risco de ficar viciada ao experimentá-la. Por esta razão, entre muitas outras, é que há a necessidade de se trabalhar a questão do crack de uma maneira mais abrangente e universal. E, tratando-se de um problema de saúde epidêmica, penso que apenas medidas repressivas e curativas são insuficientes. Historicamente esse tipo de problema precisa de medidas preventivas e educativas.

Prevenção e educação. O Estado precisa participar de modo mais efetivo também custeando campanhas em todas as mídias alertando para o problema. E a sociedade não pode fazer “vistas grossas” para o caso, mas ser incisiva na cobrança de ações e avaliações de resultados.

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