segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Roteador Wireless N 150 Mbps - Multilaser

Roteador Multilaser  N150 Mbps

Ligar/configurar

Ligar o cabo da Internet à porta Wan do reteador
Ligar o cabo de dados do PC/laptop à porta Lan do roteador
Ligar o PC e o Roteador
Aguardar que o roteador ligue todos os leds

Fazer login no roteador
No PC abra o navegador WEB e digite o endereço padrão http://192.168.1.1
Após, aparecerá uma janela com os seguintes campos:
User name: admin  (digite)
Password: admin   (digite)
Clique OK








terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Palavras

by Jornei costa

Como seria bom se todas as pessoas tivessem consciência da força das palavras. Palavras podem elogiar ou desqualificar, provocar a discórdia ou unir pessoas; portanto, ter cuidados ao formulá-las é sempre recomendável. Ao escrever um artigo ou uma crônica penso na palavra certa para o lugar certo tendo o cuidado de não ofender ou criticar por criticar, mas de fazer provocações e produzir reflexões.
Produzi-las nunca foi uma preocupação, embora aconteçam situações que elas se neguem a pousar em lugar que eu possa vê-las. Desisto. Dou tempo ao tempo e tento buscá-las em momentos futuros. Olho para as palavras e troco a cor, deixo-as como estão ou as destruo. Leio e releio. Não tenho nenhuma pena em retirá-las do alcance dos meus olhos ou trocá-las por outras mais adequadas para dizer o que realmente eu quero dizer.

Sei, entretanto, que ao escrever-se e publicar um texto temos a responsabilidade dos seus efeitos. Publicar nossas opiniões e ideias é colocar a cara a tapas. Mas esse é o nosso papel: colocar palavras em espaços visíveis para que o leitor possa ler e ponderar. Pode ser que o leitor diga: “de onde esse cara tirou essa ideia; ele tá maluco”, ou, “sabe, esse cara é um imbecil, imagina se isso vai acontecer”, ou, “o cara é ótimo, ele reúne palavras que dão sentido para suas críticas e observações”. É assim. Cada um tem seu jeito de juntar palavras, de expressar sua visão, é a liberdade de olhar para uma paleta de cores e optar pelo azul ou magenta.

A folha em branco oferece sua pureza para ser maculada por símbolos autorizados ou não a pousar. Têm dias em que as palavras fluem como uma avalanche de uma grande montanha de gelo, nestes casos, precisa-se ter paciência para esperar que elas se acomodem na base da montanha.  Outras vezes a palavras são escassas e não encontram a folha em branco para se juntarem em frases que possam ser compreendidas. Tem dias que elas, as palavras, se insurgem contra seu criador: é a rebelião do silêncio.

Algumas palavras anunciam que estão dispostas a se materializarem em textos visíveis, o que significa que neste momento estamos criando uma interface para expressar nossas ideias e pensamentos. A matéria-prima está disponível; é hora de o artesão entrar em sena para moldar o texto. Chega a hora do acabamento, dos retoques e, também, chega a hora de dizer-se: “está pronto”, é a hora de parar, é a hora de desapegar e publicar.







domingo, 13 de dezembro de 2015

Acesso remoto de computadores parceiros - SO Windows

Acesso remoto de um outro computador.
Para criar essa possibilidade é necessário que o PC principal e o PC parceiro (que será acessado) instalem o APP TeamViewer no site Baixaki: http://www.baixaki.com.br/download/teamviewer.htm
Como fazer:
1. No PC principal abrimos o APP TeamViewer
2. Na interface do APP "Controlar computador remoto",no campo ID de parceiro, digite o nº da ID que aparece na interface do APP do PC parceiro;
3. Clique na aba "Conexão ao parceiro;
4. Abrirá uma nova janela solicitando a senha, esta senha é a senha que aparece na interface do PC parceiro; digite esta senha e dê enter/OK
5. Aparecerá a tela (área de serviço) do PC parceiro, o que permitirá acessar todos os arquivos e programas do PC.
Nota: Para acessar o PC parceiro, os dois PCs deverão estar ligados e conectados na internet. As informações da ID e da senha do parceiro podem ser passadas através de e-mail ou por telefone.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O mundo virtual e a realidade

by Jornei Costa

No mundo das incertezas e das infinitas possibilidades, as dúvidas e as preocupações fazem parte do mundo real. Com relação às dúvidas são naturais e estão associadas à estrutura genética e aos processos de decisão dos seres humanos. Quanto às preocupações, creio que são elementos de um estado mental que pode ajudar a focar no assunto.  As preocupações não mudam nada, mas podem contribuir na fase das ideias e do planejamento das ações.

O tema escolhido, o mundo virtual e a realidade, certamente, ficam no campo das preocupações; é apenas uma impressão, um sentimento. Talvez a melhor definição seja percepção e, se assim for, trata-se de algo subjetivo, sem a certeza que faça parte da realidade. Ótimo, continuamos com as incertezas e as dúvidas. Mas essa forte inclinação das pessoas pelo mundo virtual, não me preocupa; todavia, confesso que me intriga, pois tenho a nítida impressão que as pessoas se afastam de suas responsabilidades reais, principalmente a nível doméstico, pessoal. E aí vem a pergunta, quem vai lavar a louça? “Agora eu não posso, estou no Facebook”. “Agora não posso, estou conversando com um amigo/amiga pelo WhatsApp”. Tem gente, e não é pouca, que acham que vários problemas se resolvem com Aplicativos, Portais e Sites. Por exemplo, tem gente que acham que o grande problema da geração de lixo e a reciclagem do mesmo se resolveriam através de um “Portal Sustentável”, onde as pessoas seriam orientadas a separar e reciclar o lixo. A proposta é excelente. Mas, para o Brasil, ainda temos que vencer etapas básicas da administração do lixo: por exemplo, a garantia da coleta pelas prefeituras e a destinação do mesmo em aterros sanitários que atendam requisitos elementares de engenharia ambiental. E a consciência? Quem tem consciência que isso ou aquilo é importante? A consciência é o início de tudo e esta está intimamente ligada às questões culturais. Portanto, primeiro temos que trabalhar essa etapa.

O mundo virtual, visto como ferramenta é tudo de bom, facilita a operacionalidade de processos através da interação de dados, bem como agiliza a obtenção de informações, edição e resolução de problemas complexos utilizando softwares específicos.

Que o mundo virtual pode levar a uma falsa sensação de felicidade, sustentada por um mundo de ilusões, penso que seja possível. Mas é importante, também, que não deixemos que essa interação com o mundo virtual adie ou nos afaste das tarefas básicas do nosso dia-a-dia. Outro efeito provocado pelo mundo virtual é a sensação de socialização; chega ser paradoxal, pois interagimos com muitas pessoas, mas, na vida de fato, vivemos sós e com medo de pessoas reais. E isto é muito sério. E aí fica a pergunta, será que estamos vivendo o século da comunicação ou da solidão?







Natureza morta - óleo sobre tela - by Jornei Costa

Óleo sobre tela 

                                     

Ateliê de pintura da Casa da Cultura - Joinville - SC

Ateliê


Paisagem rural - by Jornei Costa

Paisagem rural - óleo sobre tela


Auto-retrato da professora Juliana Rossi - Casa da Cultura - Joinville

Desenho lápis sobre papel,


Os efeitos de uma guerra “burra”

by Jornei Costa

Pois, depois de 12 anos, o Ex-premiê Tony Blair vem a público pedir desculpas pelos erros na Guerra do Iraque. Já era hora; afinal, depois de assistir a migração no norte da Europa, cujas causas estão fincadas nas ações de abuso de poder e propostas de moralidade duvidosas, o Mr. Blair deve ter convivido com o drama de consciência por ter sido, juntamente com seu amigo George W. Bush, os causadores do caos que ora se estabeleceu no Iraque e na Síria com o surgimento do Estado Islâmico.

No período que antecedeu a invasão do Iraque eu acompanhei todos os debates entre personalidades de vários setores internacionais, incluindo a ONU e, na época, estava bem claro, não havia nenhuma prova de que o Iraque tivesse arsenais de armas químicas, pretexto usado para o Iraque ser destruído.

Mesmo sem argumentos convincentes, Blair e Bush decidiram invadir o Iraque. É claro que não faltaram quem defendesse as ações dos dois mandatários, alegando, por exemplo, que o Saddam Hussein era um tirano e, por ter esse perfil precisava ser eliminado; mas aí fica a pergunta, e as outras dezenas de tiranos que comandam os vários países da Ásia e África, por que estes também não foram ou são depostos, julgados e punidos? 

No caso em pauta é óbvio que os interesses eram outros, por exemplo, atender setores cuja matriz de ganhos econômicos ainda está fundamentada no velho e bom petróleo e na produção de armas de guerra. Um ranço, que embora fora de moda, ainda é um grande combustível para se fazer guerras, cujas consequências tem o jeitão de uma equação não-linear, a do caos.

Entre muitas dúzias de consequências danosas das ações consideradas imorais, temos o surgimento do Estado Islâmico e a migração de uma parcela da população do Iraque, Afeganistão e Síria em direção a Europa em busca de alguma possibilidade de preservar a vida.  Enquanto isso os Estados Unidos e Inglaterra, responsáveis por inserir variáveis imprevisíveis na fórmula do caos desses países pobres, continuam omissos na busca de uma solução ou de investir na recuperação do desastre criado.


Mas o grande problema que eu vejo em tudo isso é que pouco se aproveita em termos de ensinamentos das experiências vividas e a história se repete em seus aspectos diabólicos e imorais; é como se estivéssemos estudando para nos tornar idiotas.

Assistir filmes do YouTube na TV a partir de arquivos de um pendrive

by Jornei Costa

Assistir filmes do YouTube na TV a partir de arquivos de um pendrive

1º Passo: baixar o programa Freemake Video Downloader


2º passo: entre no YouTube, escolha o filme/vídeo, copie o endereço eletrônico.

3º Passo: vá abra o aplicativo Freemake e na interface, clique na aba colar URL (endereço eletrônico); abrir-se-á uma janela para escolher definições de arquivo e resolução (pixels), escolha AV4  e acima de 600 pixels.

4º O aplicativo irá baixar o arquivo em C:\Documentos/Vídeos

5º Espete o pendrive e arraste o arquive da pasta vídeos para o pendrive.

6º Feche a janela Documentos e retire o pendrive. Pronto, agora é colocar na TV e abrir o arquivo desejado e dar Enter.


É hora de refletir sobre a crise

by Jornei Costa

Quando nos deparamos com situações que requerem tomadas de decisões, principalmente para aquelas não previstas, ou, as que surgem fora da rotina, penso que a grande sacada é utilizar-nos da inteligência e das experiências a favor, isto é, na busca do melhor caminho e da melhor solução para os problemas.

Com relação à crise que estamos vivendo no momento, independente de sua natureza, mas no caso a crise é plural, ou seja, política, econômica, institucional, ética e moral; ela deve ser vista como algo que, pelo menos no momento, não temos o menor poder de administração, portanto, resta-nos a prerrogativa de nos proteger e de buscar soluções. Na medida em que estejamos sendo afetado pela mesma, isto exige mudanças no nosso comportamento, por exemplo, que saiamos do nosso estado de conforto e conformismo e passe a pensar, refletir, criar, inventar, reciclar, modificar, revisar, ponderar, correr, parar, discutir, dialogar, pesquisar, consultar, etc.

Sem a pretensão de usar argumentos com o impacto de autoridades históricas, penso que seja oportuno evocar o filósofo grego Sócrates, cujo método de estimular as pessoas a pensarem, quando consultado, era conduzir o diálogo com muitas perguntas numa sequência de por quês. De forma inteligente e colaborativa, o sujeito não só era induzido a pensar como a buscar, por si próprio, o melhor caminho para a solução do seu problema.

Certamente há alguma dificuldade de se encontrar uma receita para cada indivíduo ou família, pois cada pessoa ou família tem suas características próprias, vontades, vícios, rotina, visão de mundo, experiências, disciplina, capacidades, habilidades, necessidades, etc. Outro ponto importante é liberar a nossa percepção no sentido de diagnosticar os problemas e soluções e, se tivermos dificuldades nessa avaliação, uma das saídas é ter a humildade de pedir ajuda.


As crises continuarão a existir e nós também, então...

O Ciclo

by Jornei Costa

Tudo tem o seu tempo.  A natureza é feita de ciclos. Um ciclo termina, começa outro.  A vida é um exemplo de ciclo, cuja trajetória descreve um semiarco: início, meio e fim. Até podemos estender o semiarco e o ponto de inflexão da curva. Em teoria o tempo do ciclo até pode ser alterado, o seu fim não.

Os sistemas vivos quando não alimentados morrem. Todos os sistemas estão sujeitos a mudanças, seja pela influência de fatores sobre os quais não temos poder de controle ou, em alguns casos, pela sinergia do ser humano. As empresas para permanecerem vivas precisam revisar e lançarem novos produtos.  Quem faz tecnologia está sempre à procura de melhorias e buscando identificar novas necessidades. Modelos econômicos ao se exaurirem são abandonados. Teorias são revisadas. Os dogmas permanecem imutáveis. Tem situações em que a essência do modelo permanece, é oportuna e circunstancial; em outras, faz-se necessário mudanças, inclusive do núcleo.

As escolas e universidades precisam fazer correções em seus currículos. Ao não se fazer correções nos currículos corremos o risco de ficar-se atrasado em relação a novos desafios. A política precisa mudar. O que ainda era válido ontem, já não vale mais hoje. Olhar para a realidade e para o futuro do mundo regional e global é uma imposição de sobrevivência racional. Práticas até então aceitas podem se esgotarem por confrontarem com novas referências. Padrões até então aceitos como normais passam a serem anormais. As pessoas se cansam, ficam enjoadas, se estressam.
Vive-se num mundo de infinitas possibilidades.


As referências mudaram.  O padrão foi revisado. O metro ao ser revisado volta a ter mil milímetros. O ângulo reto que para alguns tinha oitenta e oito graus, agora precisa ter noventa. Novas exigências nasceram. Um ciclo termina, inicia-se outro. Os sistemas vivos estão sujeitos a mudanças, ás vezes para pior, às vezes, para melhor. Mas, no campo da mobilidade das grandes cidades, todos estão convencidos que a solução é o transporte coletivo de qualidade; para o clima, a redução do efeito estufa. E, na política da América de Sul, a Argentina já começa a dar sinais que o ciclo do abuso de poder generalizado está chegando ao seu final. Talvez, na política, surja um novo ciclo, o do abuso de poder eventual.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Narquita visita Bracatinga

by Jornei Costa

Narquita escutava a rádio Difusora, quando ouviu a notícia que o ex-prefeito de Bracatinga tinha sido preso. Surpreendido com o informe, como se tivesse sido golpeado pela argola do próprio laço, parou de amaciar a palha de milho, a qual serviria para acomodar o fumo do palheiro, e considerou em pensamento: “não é possível, ele tinha cara de honesto, aliás, falava como pessoa honestíssima; que coisa, não é possível”. Em Bracatinga morava um primo do Narquita que havia estudado filosofia num mosteiro na capital, aliás, era o único parente aculturado que tinha e que, de vez enquanto, ele o visitava. Juntando as notícias com a necessidade de fazer compras para abastecer a despensa foi logo pensando em ir a Bracatinga.

Narquita levantou cedo, tomou algumas cuias de chimarrão, fechou a porta do rancho, montou num matungo que já estava encilhado e se foi carreteira a fora. O percurso até Bracatinga ficava em torno de légua e meia, distância que a passo de cavalo não levaria mais que uma hora, tempo que daria para ele alinhavar um punhado de perguntas que faria ao primo.

“Oh de casa!”, gritou o Narquita na porteira que separava a rua da casa do primo. Primeiro, um cusco que estava deitado num pelego encostado na porta da casa, ladra, mas não levanta; depois, surge o primo passando a mão no rosto para tirar a remela do canto do olho e fala: “te aprochega tchê”, o que o Narquita atendeu sem qualquer cerimônia. Realizados os cumprimentos de praxe com movimentos de braços, mãos e ombros, abriu-se a conversa, enquanto o primo pedia licença para lavar o rosto.
O primo visitante iniciou a conversa:
- Primo, tão falando que prenderam o ex-prefeito. - Comentou o Narquita.
- Que posso te dizer, eu também fui pego de surpresa, pois nos meus mais de cinquenta anos nunca tinha visto coisa do gênero. - Respondeu o primo do espaço onde lavava o rosto numa bacia alousada.
- Tão comentando que acabou de chegar um inspetor da capital com fama de justiceiro.
- Estou sabendo, mas dizem que o dito cujo só poderia ser preso se houvesse ordem do pessoal da justiça; afinal, ainda não se sabe as motivações que levaram à prisão.
- Sabe primo, eu, sinceramente, colocaria a mão no fogo pelo gaudério, afinal ele parecia honesto e sempre mandava a máquina para patrolar a carreteira na frente do meu sítio, portanto, eu, pelo menos, não tinha queixa dele.
- É, mas o comentário que circula no boteco do Zé é que o “cara” está implicado na compra de uma cooperativa de extração de querogênio, falida.
- Mas foi com dinheiro dele ou da prefeitura? - Perguntou o Narquita.
- Não, foi com grana da prefeitura e a compra teria sido feita no país vizinho, fala-se que foi no Paraguai.
- Pô, então a coisa é grave. - Mas é só ele que está implicado ou tem mais gente? - O Narquita complementou a pergunta.
- Aí é que está o grande problema, dizem que parte da Câmara está envolvida.
- São estas coisas que me deixa aborrecido, ao invés dos “caras” cuidarem de Bracatinga incentivando a criação, abate e venda da carne ovelha... - O Narquita já começava mostrar com gestos faciais que estava incomodado com o acontecido.
-- Pois é, mas a coisa não fica só nisto, fala-se que o problema, também, é que não se está aprovando nada na Câmara; não decidiram nem a data da feira de arremate de gado deste ano.
- E aquele projeto de parceria na abertura de açudes para enfrentar as estiagens de verão?
- Também tá parado, fala-se que a única retroescavadeira da Prefeitura tá com defeito numa borrachinha. - Respondeu o primo.
- Olha primo, estava pensado em trocar o meu pequeno rebanho de ovelhas Merino por Corriedale, mas acho que não é ora de gastar as economias, afinal, até a cooperativa tem alegado que não está comprando peles de ovelha porque tá sem dinheiro. - Completou o Narquita.
- Primo a água esfriou, pego mais uma chaleira?
O Narquita coçou o toco de perna, olhou para as muletas e considerou:
- Não primo, ainda preciso pegar algumas coisas no armazém.
Dito isto, despediu-se, pegou as muletas, alinhou o corpo e se foi em direção ao matungo que estava amarrado embaixo de um cinamomo.
- Até mais primo!



domingo, 22 de novembro de 2015

A falta de tempo

by 
Jornei Costa

O tempo que era para ser democrático tornou-se autoritário. Ninguém tem tempo, pelo menos para os outros. Estão todos muito atarefados. Parece que, mesmo os que têm tempo, fazem de tudo para não tê-lo. Tarefas sem o menor valor passam a disputar prioridades em agendas, cujas folgas tornam-se exíguas. Parece que temos medo de ter tempo e não saber o que fazer com ele. Exercitamos o egoísmo de estarmos sempre muito ocupados, assim não temos que dividir nada, muito menos o tempo. A dúvida sempre me persegue. Pessoas caminham em várias direções e abanam em cumprimentos rápidos de modo que nunca sei se estão com pressa ou se tem receio de dizer, sem palavras, que alguém poderia pensar que elas têm tempo.

Sabe-se que o relógio do tempo não espera e que o mundo é dinâmico, mas não precisamos ter medo de ter tempo e nem precisamos inventar algo inútil para justificar a ausência total de tempo para com o outro. Parece-me que fazemos questão de construir-se uma realidade com muitos compromissos para justificarmos, quando chegarmos ao fim do caminho, que faltou tempo para realizarmos os nossos sonhos ou de fazer alguma coisa.

Alguns optam pela rotina repetitiva, mesmo quando esta não é e nem se faz necessária. Embrenhamo-nos no tédio absoluto apenas pela certeza da não imprevisibilidade. Um passo depois do outro, o mesmo meio-fio. Absoluta certeza de não ter que responder o que não gostaria de responder. Pessoas com tempo é um risco para pessoas que nunca tem tempo. Ainda não aprendemos a ariscar o desconforto de ter que pensar. Construo o meu mundo cercado de muros altos para serem obstáculos reais para que ninguém comprometa a segurança do meu tempo conhecido. É mais fácil dizer que não posso, pois assim, o risco de ter que responder a uma situação indesejada é apenas uma remota hipótese. 

"Ah se eu tivesse tempo; teria estudado matemática, teria sido um artista da dramaturgia clássica, teria mudado o mundo. O mundo conspirou contra mim. No lugar de oportunidades ganhei muitas armadilhas, todas elas com falta de tempo. O sono é o grande vilão. A preguiça teima em cercear o meu tempo o tempo todo. A vontade me abandonou no pior momento, justamente, quando tinha tempo. Droga de vida, onde foi parar o meu tempo?"

Quem volta do trabalho diz que não tem tempo porque está cansado. Quem estuda diz que não tempo porque tem que estudar. Quem não faz nada diz que não tem tempo porque ainda não olhou as atualizações do Facebook. Chego a desconfiar desse mundo muito ocupado. Às vezes chego pensar que não temos tempo para poder morrer mais cedo. Se não existo, não tenho compromisso com ninguém. Não preciso responder, perguntar, interagir com pessoas vivas; afinal, os mortos não falam, já tiveram o seu tempo. Ou, talvez, não seja nada disso. Talvez seja uma percepção distorcida do que seja o tempo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A era das ideias

by Jornei Costa

Lembro, sem muita precisão, que lá pelos anos 2000, um pensador ao divagar sobre os rumos da sociedade do século XXI diagnosticou que estaríamos saindo da Era Industrial e entrando na Era das Ideias. O produto do século seria ideias, a venda de ideias. Parece que o "cara" tinha razão, pois o que se vê é uma associação de inovações e países ricos, em todos os sentidos. Dentro deste novo cenário de novas ideias destacamos os 10 países mais inovadores entre 141 países analisados conforme 79 indicadores relacionados com inovação, economia, política, e outros aspectos, estudo este feito e publicado pela Universidade de Cornell, Escola Pós-graduação em Negócios, na França e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Os 10 primeiros são: 1º Suíça, 2º Reino Unido, 3º Suécia, 4º Holanda, 5º Estados Unidos, 6º Finlândia, 7º Singapura, 8º Irlanda, 9º Luxemburgo, 10º Dinamarca. O Brasil ocupa a posição 70 no ranking. Parece que o nosso negócio ainda é produção de commodities (matérias-primas) com baixos valores agregados e com poucas ideias, salvo a produção agrícola, onde nos destacamos pela alta produtividade, mas cujas exportações ainda predominam produtos in natura, o que não deixa de ser visto como um atraso numa estrutura de negócios se considerarmos que, para cada quilo de frango ou arroz produzido, consome-se 1000 litros de água.

Se quisermos mudar nossa matriz de produção, precisamos, o quanto antes, investir em educação de qualidade com olhos em novas ideias e projetos, destacando produtos com mais valores agregados (tecnologia, mão-de-obra, requisitos de utilização compatíveis com o momento atual). A tecnologia embarcada é um destaque em todos os países ricos, pois estes produtos envolvem softwares (programas) e hardwares (parte física) com uma importante demanda de mão-de-obra em todos os níveis e especializações. A tecnologia embarcada já faz parte do nosso dia-a-dia, onde podemos citar as modernas geladeiras, TVs, micro-ondas, automóveis que usam combustíveis fósseis ou não, motos, smartphones, computadores de mesa, notebooks, aviões, robôs, equipamentos hospitalares, CFTV, controle de dados de animais, gente, e aí por diante. É um mundo sem volta. É claro que como todas as coisas há vantagens e desvantagens; entre as vantagens, o poder de fogo em relação aos preços: pode-se cobrar mais pelos produtos, pois ideias tem um elevado valor no mercado global. Desvantagens: precisamos nos preparar para migrar do século XX para o XXI.

Os efeitos morais das atitudes

by Jornei Costa

Pois, depois de 12 anos, o Ex-premiê Tony Blair vem a público pedir desculpas pelos erros na Guerra do Iraque. Já era hora; afinal, depois de assistir a migração no norte da Europa, cujas causas estão fincadas nas ações de abuso de poder e propostas de moralidade duvidosas, o Mr. Blair deve ter convivido com o drama de consciência por ter sido, juntamente com seu amigo George W. Bush, os causadores do caos que ora se estabeleceu no Iraque e na Síria com o surgimento do Estado Islâmico.

No período que antecedeu a invasão do Iraque eu acompanhei todos os debates entre personalidades de vários setores internacionais, incluindo a ONU e, na época, estava bem claro, não havia nenhuma prova de que o Iraque tivesse arsenais de armas químicas, pretexto usado para o Iraque ser destruído.

Mesmo sem argumentos convincentes, Blair e Bush decidiram invadir o Iraque. É claro que não faltaram quem defendesse as ações dos dois mandatários, alegando, por exemplo, que o Saddam Hussein era um tirano e, por ter esse perfil precisava ser eliminado; mas aí fica a pergunta, e as outras dezenas de tiranos que comandam os vários países da Ásia e África, por que estes também não foram ou são depostos, julgados e punidos?  

No caso em pauta é óbvio que os interesses eram outros, por exemplo, atender setores cuja matriz de ganhos econômicos ainda está fundamentada no velho e bom petróleo e na produção de armas de guerra. Um ranço, que embora fora de moda, ainda é um grande combustível para se fazer guerras, cujas consequências tem o jeitão de uma equação não-linear, a do caos.

Entre muitas dúzias de consequências danosas das ações consideradas imorais, temos o surgimento do Estado Islâmico e a migração de uma parcela da população do Iraque, Afeganistão e Síria em direção a Europa em busca de alguma possibilidade de preservar a vida.  Enquanto isso os Estados Unidos e Inglaterra, responsáveis por inserir variáveis imprevisíveis na fórmula do caos desses países pobres, continuam omissos na busca de uma solução ou de investir na recuperação do desastre criado.

Mas o grande problema que eu vejo em tudo isso é que deveríamos aproveitar melhor os ensinamentos das experiências vividas e, outra questão que me intriga, é que a história se repete em seus aspectos diabólicos e imorais; afinal, onde desejamos chegar?

Os homens do presidente

by Jornei Costa

Não estou falando de "Todos os Homens do Presidente" filme que reproduziu no cinema o escândalo Watergate ocorrido na década de 70, nos Estados Unidos, o que culminou com a Renúncia do presidente americano Richard Nixon.

Hoje, o cenário é tupiniquim: "Os homens do presidente" e ainda não tem filme, nem candidatos aos possíveis personagens que farão as denúncias do maior escândalo republicano, no país que é a nona economia mundial (acabou de perder dois pontos no ranking). A história já está pronta, faltam alguns detalhes, mas são de acabamento, nada que possa mudar a essência da trama.

Lawrence Kohlberg, que foi professor da Harvard University, desenvolveu uma teoria chamada Desenvolvimento Moral, onde ele diz que o desenvolvimento moral pode ser estratificado em níveis e estes em estágios. A teoria formula três níveis: Pré-convencial (crianças) que, por sua vez, é subdividido em dois estágios, estágio 1, cuja orientação social é Obediência e Punição e o 2 é Individualismo/Instrumentalismo. O nível Convencional (adolescente) tem o estágio 3, "Bom garoto/Boa garota" e o 4, Lei e Ordem. O nível Pós-convencional (adulto), estágio 5, Contrato Social e o estágio 6, Consciência Social. 

Em "Os homens do presidente" parece que a teoria do professor Kohlberg se aplica muito bem, mas ao contrário, ou seja, o grande grupo dos falcatruas fizeram vistas grossas para todos os estágios da teoria de Kohlberg. Um belo caso para debate acadêmico. Mas teria esse tipo de assunto efeitos na pobreza nacional e mundial e, portanto, mereceria atenção? Por este enfoque, sim. Grandes estudiosos de efeitos sociais e econômicos atestam que uma das maiores causas da pobreza e a miséria no mundo é a corrupção. É claro que o assunto da moda é o aquecimento global, mas será que é confortável convivermos com o coquetel de problemas que nascem em um ambiente com elevados níveis de corrupção?

O Armazém

by J Costa

Numa das muitas curvas da RS 608, estrada de chão que liga Pedras Altas a Herval, ficava o Armazém. Não era um armazém qualquer, era um armazém com cara de Shopping Center ao estilo Idade Media. 

O movimento começava cedo, com o café da manhã numa mesa de dois metros e meio por um e quarenta, sob o teto de um rancho coberto por palha de santa-fé. Mais ao canto, na cozinha, o que não faltava era água quente contida em chaleiras de ferro em cima de um fogão da marca Berta.

Naquele centro comercial, cujo foco era o armazém, os nativos atendiam suas demandas básicas, entre elas, a informação; vendiam peles de ovelhas, banhavam o gado, compravam querosene, gasolina, carregavam as baterias dos raros automóveis da comunidade, negociavam campo, vendiam ovelhas, gado, cavalos, e decidiam o preço da semente da cebola. 

A mangueira, localizada a cinquenta metros da porta do estabelecimento, emitia barulhos de patas de cavalos e os gritos  ritmados dos peões que organizam o gado para entrar no brete, que desembocava num banheiro para banhar os animais contra parasitas. Na continuação ficava o piquete, pequeno espaço de campo, onde gado ficava até que o evento do banho fosse completado.

Sentados em bancos de tábua de trinta, a turma expelia baforadas de fumaça de seus cigarros de palha, enquanto, entre uma conversa e outra trocavam de mão em mão um copo de cachaça de péssima qualidade, o que era denunciado  pelas caretas que faziam. Num canto, numa altura de um metro e vinte um rádio da marca Tele União falava da feira que iria acontecer no Herval e região e também dava recados da comunidade campeira que eram ouvidos com muita atenção.

O armazém, que era parte de uma casa de alvenaria, permitia que os familiares entrassem no interior da habitação. No final de um corredor ficava uma porta lateral que tinha na sua frente, no jardim, um pé de jasmim e a aroma de suas flores inundavam o ambiente de toda casa, numa oferta de desodorante gratuito, mas de ótima qualidade.

Perus, galinhas, porcos, frangos e até filhotes de avestruz circulavam no pátio e redondezas; uma festa da bicharada. Atentos, olhavam para todos na espera do desejado alimento que ainda não tinha chegado. Barulho de milho, tumulto, a corrida era grande; "saiam da frente senão o porco te derruba”, alguém gritava.

Tinha o almoço, o café da tarde, a janta, o pós-dia e o planejamento do dia seguinte, uma festa interminável, principalmente para a gurizada, que estava sempre na expectativa do que iria acontecer.

O "Cárcere"

by J Costa

Não era um elefante. Não era um animal qualquer; era um homem. Um homem que de vez enquanto tirava um tempo para viver dentro de uma área de seis metros quadrados.  O espaço era uma garagem aberta. Era neste espaço sem portas nem paredes que o homem deslocava-se em trajetórias aleatórias, mas nunca ultrapassando os limites da garagem.

Conta-se que na Índia adestram-se os elefantes prendendo uma corrente de mais ou menos vinte metros no pescoço do animal e a uma árvore. Ao longo do tempo o bicho limita-se a passeios condicionados ao comprimento da corrente. O adestrador entende muito bem o processo que se estabelece entre o comprimento da corrente e o cérebro do elefante. Depois de um período que já está definido na receita passado de pai para filho, o adestrador coloca o elefante embaixo da árvore sem a corrente e, sem surpresas, o bicho circula no limite de vinte metros de percurso. Pronto, ele está preso ao seu limite imaginário.

No dia seguinte lá estava o homem. Dava passos ritmados e sem pressa, dentro do seu quadrado. Prendia algo entre os dedos em uma mão nervosa que se alternava em movimentos articulados de sobe e desce. Olhava para todos os lados, ia até a marca fictícia dos dois por três metros e voltava. Estava em sua vitrine sem vidros, mas com fronteiras marcantes e construídas para a sua realidade. Estava condenado a sua prisão. Uma masmorra, onde as paredes eram tênues cortinas de ar. Não havia grades e nem concreto. A arquitetura da prisão não tinha design especial nem torre de controle com faroletes especiais para anunciar fugas. A fuga era impossível. Ele era refém da prisão construída com os melhores materiais disponíveis na natureza: neurônios biodegradáveis. A tecnologia, embora primitiva, ainda era considerada de ponta.

O "cárcere" voltou a ser apenas uma garagem. O espaço se alternava entre dois mundos, o do escravo e do proprietário do espaço, um homem aparentemente livre. 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Foto da linha cubista (Picasso)

Lindíssima!!!



Nota: desconheço o autor.

Ataque do Blogger (Google) pelo site www.atat.ro

Para quem usa o Blogger do Google, poderá enfrentar um problema sério de bug causado pelo site www.atat.ro  . Este site usa o gadget "calendário" para grudar a URL no Blogger. Para eliminá-lo basta retirar o gatget calendário  do blog e salvar configurações.




Problema com o site www.atat.ro, ver no fórum:


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SLEIPNIR - um navegador japonês com qualidade

SLEIPNIR - um navegador japonês com qualidade.

Pois, depois de ter tido sérios problemas de invasões por sites indesejados nos navegadores (browsers) Firefox e Google Chrome, estou testando o navegador japonês SLEIPNIR. O Sleipnir têm recursos de navegação e motor de busca semelhantes aos browsers citados, mas sem o incoveniente de se deixar contaminar por sites simbióticos (que se agregam sem você pedir ou aceitar) e de difícil eliminação. depois de uma semana usando o Sleipnir, ainda não tive esse tipo de problema. Todavia, há restrições, por exemplo os idiomas disponíveis, no caso, entre algumas opções temos inglês e espanhol. Eu escolhi espanhol e estou me dando bem com o idioma. 

O ícone é um cavalo, remetendo para mitologia grega. 





segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resenha filme “Banalidade do mal” – Hannah Arendt

by JCosta
 
Em foco: o julgamento de Adolf Otto Eichmann, que teve o posto militar de Tenente-Coronel da SS, polícia militar do regime nazista alemão, durante a Segunda Guerra Mundial, período compreendido entre 1939 e 1945.

 Eichmann foi levado a julgamento no tribunal de Nuremberg acusado de ter cometido crimes contra a humanidade, sendo responsabilizado pela logística de extermínio de milhões de pessoas no final da Segunda Guerra, a chamada “Solução Final”, operação na qual organizou a identificação e o transporte de pessoas para diferentes campos de concentração, tendo sido reconhecido como executor-chefe do Terceiro Reich.

 Em “Banalidade do mal”, entram em cena as figuras de Hanna Arendt, doutora em sociologia e o réu Adolf Otto Eichmann e uma plateia interessada em ouvir argumentos que permitissem explicar os motivos que levaram uma pessoa no papel do Tenente-Coronel da SS, sob o comando do líder da Alemanha Nazista Adolf Hitler, a conduzir o extermínio em massa de pessoas. Durante o julgamento, o réu tenta defender-se das acusações de ter cometidos crime contra a humanidade, argumentado que ele estava executando ações segundo suas atribuições como funcionário militar em cumprimento as ordens de seus superiores, no caso, do líder do Partido Comunista e demais chefes. Hannah Arendt, palestrante convidada para falar sobre o julgamento de Eichmann, expõe esse cenário de conflitos éticos e morais na tentativa de entender o que levara uma pessoa a não seguir  princípios éticos universais e a banalização destes mesmos princípios. No filme a socióloga traz para discussão a questão da consciência moral.

 Para entender melhor as questões éticas e morais abordadas no filme “A banalidade do Mal”, faço uso de um fragmento do texto de Marilena Chauí do livro Convite à Filosofia: “A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação”.

 Arendt também menciona a posição da aceitação determinística, o que teria resultado em uma passividade das pessoas que estavam sendo mortos, em destaque os judeus. Isto, embora não justifique os meios para atingir um fim, teria sido um ingrediente comportamental que colaborou na consecução do holocausto?

Embora não faça parte pauta da proposta da resenha, convém lembrar que o povo alemão elegeu Hitler como líder do governo, dando ao mesmo poderes para deliberar sobre suas vontades e ações pessoais. Portanto, levar uma dezena de militares alemães a julgamento foi uma forma simbólica de mostrar ao mundo que se fez justiça com base nos princípios éticos e morais que regem a humanidade. Desta forma, tentamos minimizar as barbáries tratando os efeitos sem grandes preocupações e ações efetivas para evitá-las. Ainda não aprendemos a ser proativos na prevenção de grandes atrocidades.

 

Como Deixar Seu PC 100% Mais Rápido Sem Formatar (sem formatar)

Deixar o PC 100% + rápido: https://www.youtube.com/watch?v=TvbDkDivVFA&app=de

Caso você queira economizar tempo e não assistir o vídeo, eu fiz o algoritmos abaixo com os passos
para configurar a limpeza do disco e aumentar o espaço livre do arquivo raiz "C".

> iniciar > computador> disco C > botão direito > propriedades > limpeza de disco
> arquivos a serem excluidos > marcar todas as caixas > OK > aguardar... conferir
novo espaço livre.

Site: https://www.youtube.com/watch?v=TvbDkDivVFA&app=de






quarta-feira, 15 de julho de 2015

O drama do Narquita

by JCosta

Pois o Narquita andava meio cabisbaixo, mas não era para menos, afinal, o gaudério já vinha a mais de mês com uma dor danada na perna direita. Com um pé na bota e outro no chinelo, ele andava de lado firmando o peso do corpo no pé esquerdo para conseguir caminhar um pouco menos desconfortável.  Ao visitar o tio que morava lá pelas bandas do Jaguarão Chico, quando perguntado sobre o modo de caminhar rengueando foi logo contando da dor na perna: “pois olha, não quero te mentir, mas já faz bem uns trinta dias que essa dorzinha xarope me pegou, não sei se foi da última esquila ou de algum tranco que levei ao lidar no aparte de gado na fazenda do Zé Bagual, mas confesso que não tô aguentando”. O tio, na mais pura vontade de ajudar foi logo sugerindo uma das receitas mais indicada na região para esses casos: uma boa benzedura com a comadre Querimbina, prática que até então havia dado mais certo do que errado, mesmo que nos casos de melhora, esta, acontecesse só depois de uma semana ou mais. Acossado da pua, foi logo aceitando a sugestão. Após ter tomado uma chaleira de mate, levantou-se levando a mão na cintura, pediu a bênção para tio e encaminhou-se em direção à carreteira que levava ao rancho da dona Querimbina. Lá chegando, deu bom dia, e sem meias palavras, foi contando da dor na perna. Ela convidou o Narquita a entrar: “passe pra dentro e sente que nóis vai dar uma olhada nessa perna”. Não teve dúvida ela foi até a horta, onde havia somente um pé de limão bravo e outro de arruda, deu de mão num galho do arbusto e veio para dentro do rancho. A velha pronunciou palavras num idioma que talvez fosse primo do nosso conhecido português, movimentou o galho de arruda sobre a perna esquerda do gaudério que já foi dizendo: “dona Querimbina, não é essa, é a perna direita”.

De volta para cidade, ainda mancando e com uma dor danada, abriu a porta da casa e, por conta e com um pouco de culpa, procurou um analgésico que há mais de ano estava guardado num porongo na cristaleira da sala.

Alguns dias depois, ainda com um pé na bota e outro no chinelo com propósito de relaxar a perna “ofendida”, tomou a mais inédita decisão: consultar um médico, coisa que só havia feito trinta anos atrás, quando foi levado pela mãe no único médico da cidade para tirar um “bichoberne” da cabeça. Para alívio da sua angústia e  um pouco de sorte lembrou-se de um primo de terceiro grau que era médico e atendia na cidade vizinha. No dia seguinte levantou de madrugada, tomou algumas cuias de mate, colocou o pala no braço e dirigiu-se para a rodoviária. Ansioso, entrou no ônibus, sentou-se e já foi esticando a perna no corredor.

No consultório do parente, mais nervoso que pinto em cancha de bocha, pensava mais no diagnóstico do médico do que iria dizer, afinal, era a primeira vez que consultaria com o primo. O médico abriu a porta e vendo o parente o cumprimentou no bom estilo da parentada: “Ué, buenas, o que te traz pra estas bandas?”. O dito cujo explicou todo o acontecido e esperou a rotina de perguntas:

- Mas há quanto tempo tu vens sentido essa dor?

- Olha tchê, já faz mais de mês que essa dor me incomoda.

- Fumas?

- Sim, faz uns cinquenta anos.

- Muito bem, arremanga a bombacha para darmos uma olhada nessa perna.

- É a direita.

- Olha tchê, pelo que estou vendo a coisa é séria, pois há sinal evidente de início trombose obstrutiva.

- Como assim, trombose?

- Sim, tu desenvolveste um processo de obstrução da circulação do sangue que, de repente, pode levar à necrose do tecido.

- Como assim, necrose?

- Olha primo, como parente e amigo posso te dizer o seguinte: tu tens duas opções: ou tu deixas de fumar ou daqui a trinta dias tu vens aqui e eu corto essa perna.

O homem ficou branco, parou de falar por uns bons vinte segundos, tempo suficiente para refletir e, retomando o fôlego, falou:

- Bueno, agora fiquei sem muita escolha: então, acho que o melhor é deixar de fumar.

- Muito bem, é assim que se fala; fico feliz com a tua decisão.

O Narquita despediu-se do primo e retornou para casa. Ainda no ônibus, pegou o pacote de fumo e o livro de papel abriu a janela e jogou fora.

Deixou de fumar. A dor era coisa do passado, mas a vontade de fumar ainda era muito presente. Noventa e poucos dias depois, já calçando as duas botas entrou no boteco, e gritou: “me dá um pacote de fumo e um livro de papel”.

E a coisa é bem assim: cada um tem a liberdade de escolher o seu caminho.

domingo, 12 de julho de 2015

Segurança da informação

by JCosta
 
Em épocas de megabits e gigabits é importante ter-se presente que a internet, também conhecida por Wold Wide Web ou rede mundial de computadores é um ambiente que, a exemplo de ambientes físicos, também tem problemas relacionados com a segurança. Na  tecnologia da informação, existe uma área de especialização denominada Segurança da Informação para tratar das questões de segurança; nesta, são abordados de modo organizado, todos os conceitos, regras, recomendações e procedimentos para diminuir o nível de risco de vulnerabilidades do uso indevido dos dados de usuários  domésticos e das empresas.
Conceitualmente, informação, são todos os dados de registros físicos ou digitais de alguma coisa. Nas empresas, todos os dados armazenados em qualquer meio são considerados bens relevantes utilizados em vários processos de decisões, portanto, devem-se ter cuidados e critérios para tratar com os mesmos. A recomendação vale para o cidadão comum, também.
No caso das empresas, que fazem uso de e-commerce, marketing e transações de negócios através da internet, o risco de ter seus dados acessados por pessoas (hackers) ou mesmo de empresas mal intencionadas fica aumentado pelo volume de informações que circulam nas redes. Pensando nisso, faz-se necessário que o dono do negócio introduza uma rotina de controle da informação, estabelecendo que tipo de dados cada funcionário está autorizado a acessar. Para tanto, existe, também, o recurso de softwares (programas) cujo objetivo é monitorar e controlar o uso de computadores com a emissão de relatórios detalhados de acessos destacando, dia, mês, ano, horário, tempo, sites, e-mails, etc. Outra recomendação para aumentar a segurança é introduzir o requisito de login, com nome do funcionário e senha, onde se deve ter o cuidado do uso de senhas (password) não banais e programar períodos para trocá-las; desta forma, ao fazer-se auditorias para detecção de problemas, um processo de rastreabilidade possibilita a identificação dos acessos e os respectivos usuários.
Outro problema são os ataques por vírus – módulos de programas, que acompanham um programa principal com a finalidade de prospectar dados pessoais ou dos negócios da empresa. Portanto, é recomendável que o acesso de sites ou a realização de downloads (baixar) de aplicativos sejam realizados examinando-se  as informações do conteúdo da página, bem como a origem e credibilidade do site.
Penso que se deve tratar da segurança da informação com parcimônia, adequando os cuidados e controles à uma análise de riscos a partir dos tipos e volumes das informações/dados, evitando-se comportamentos extremados de supercontroles, o que ao invés de ajudar pode, sim, aumentar em muito os custos de segurança e até atrapalhar a gestão da informação.

 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Acrílica s/ tela e tecido, 140x160cm - Leda Catunda

Campeão II, 2011, acrílica s/ tela e tecido, 140 x 160 cm

Leda Catunda

http://www.ledacatunda.com.br/portu/comercio.asp?flg_Lingua=1&cod_Artista=93&cod_Serie=30











A síndrome do transtorno de identidade

by JCosta
Pois o transtorno dissociativo de identidade é um estado mental presente em algumas pessoas, as quais, dependendo das circunstâncias, ora se comportam de uma maneira, ora de outra, assumindo duas ou múltiplas personalidade.
No dia-a-dia nos deparamos com algumas situações típicas de pessoas com o distúrbio do transtorno de identidade nos mais variados espaços, entre elas, pode-se destacar alguns funcionários, cujas funções lhes conferem o poder de decisão; estas, quando não têm a capacidade de elaborar e entender a finalidade para o qual foram contratados, desviam-se da atribuição fim e comportam-se como verdadeiros idiotas, fazendo uso do poder para vomitar ordens com requintes de humilhação e, normalmente, constrangedoras.
No trânsito, um dos espaços mais democráticos, onde todos são iguais, segundo a legislação vigente, seguidamente vemos indivíduos conduzindo  “carrões” de marcas famosas acharem que tem o poder dos "reis" e, nesta posição de conflito de  identidades pintam e bordam até seu vizinho de pista abrir a janela e avisá-lo que ele está vivendo a sua segunda personalidade: a de idiota.
A vaga é para portadores com limitações físicas, mas eis que de súbito um indivíduo estaciona seu automóvel, tranca as portas, olha para trás, dá um sorriso de “levei vantagem” e afasta-se com a destreza de um atleta olímpico sem, é claro,  colocar a placa de identificação prevista para estas vagas; mais um idiota travestido de "rei".
Na alfândega o "rei" é parado para identificação, o guarda pede a carteira de identidade, ele, vivendo o frenesi do poder de sua profissão, logo vai mostrando a sua carteira funcional pensando, com toda certeza, que é o dono do mundo, mas de pronto é surpreendido pelo gesto de negação do modesto funcionário que tem o dever de lhe informar  que a lei prevê a identificação com a velha e conhecida Carteira de Identidade expedida pela Secretaria de Segurança Pública. Mas o impasse não para por aí, primeiro o "rei" surta, faz a velha e tradicional pergunta: “tu sabes com quem estás falando?” e o guarda, na obrigação de realizar o seu trabalho diz: “lamento meu senhor (a), acalme-se, senão vou ter que solicitar a sua prisão”; o "rei" acalma-se, mete a mão no bolso tira a Carteira de Identidade mostra para o guarda e atravessa a fronteira no seu novo papel: o de idiota.
Um pouco de lucidez e humildade não faz mal a ninguém e com estes singelos e virtuosos atributos, a convivência entre as pessoas será bem mais agradável e saudável. Afinal, quem precisa de "reis"?


Acrílica sobre tela e colagem de fragmentos de cartão - 42 x 30 cm

Acrílica sobre tela e colagem de fragmentos de cartão - 42 x 30 cm

by JCosta


domingo, 5 de julho de 2015

Programa para apagar/destruir/deletar pastas e arquivos indesejados e que se apresentam com comandos de bloqueios

IObit Unlocker V1.0


Como funciona:
Identificada a pasta ou arquivo que você tem certeza que deseja excluir, clique nele com o botão direito do mouse, selecione "IObit Unlocker", aparecerá a janela do IObit já com item escolhido e aí é só clicar no botão "unlock"; pronto, lá se foi o dito cujo pro espaço sideral!

Download no site: http://www.baixaki.com.br/download/iobit-unlocker.htm


Outra alternativa é deletar arquivos do Windows usando o Sistema Operacional Linus. Entrar no Linux como administrador(root),  na partição C, arquivos de programas, identificar a pasta onde está o arquivo(s) e, com o comando "delete", exclua o arquivo desejado.



sábado, 4 de julho de 2015

“Meu filho sabe tudo de computador”

by JCosta

Com esta expressão “meu filho sabe tudo de computador” os pais correm sérios riscos de estarem incentivando seus filhos ao uso da máquina a aprenderem matemática e português básico, habilidades que vão decidir o futuro da nossa sociedade.

Vejam o que disse Arnaldo Nisker, doutor em Educação e membro da Academia de Letras (ABL): “Estamos vivendo uma crise na qualidade dos nossos recursos humanos, o que acarreta graves consequências, pois muitas empresas se queixam de não poderem alcançar progresso em virtude dessa deficiência, que se revela em todos os graus de ensino, especialmente no médio e no superior”.

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o desempenho em matemática de alunos brasileiros, entre 65 países avaliados, ficou na 58º posição, ficando atrás do Chile, México, Uruguai e Costa Rica e à frente da Colômbia e Peru. Todavia, há que se destacar que entre 2003 e 2012, a média de desempenho dos estudantes brasileiros saltou 35 pontos, ou seja, de 356 para 391 pontos ficando 100 pontos abaixo da média de 494 pontos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: G1-EDUCAÇÃO, 03/12/2013.

Portanto, penso, sem qualquer dúvida, que é preferível usar uma folha de papel e um bom lápis preto nº 2 e saber matemática básica a operar uma máquina super-rápida com processamento em bits quânticos e ser totalmente analfabeto no uso dos números. O mesmo vale para a língua-padrão, no caso, o português. “Ele domina o computador”, mas escreve assessor com um “c” e “ç” “aceçor”. Enquanto isso, tratava-se uma guerra de conflitos entre o mercantilismo da venda de máquina, a ilusão de uma geração com pouca consciência e a educação brasileira. E aí fica a pergunta: como retirar o Brasil da 58º do ranking da OCDE?


O besouro e a pipoca

Fotos macro by JCosta


A pipoca

O besouro




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os reflexos de uma política desastrada

by JCosta

"Evidentemente muitas coisas mudaram à nossa volta. Nossa casa foi bombardeada. Nossos parentes e nossos amigos não estão mais aqui, alguns não estão mais neste mundo. Você perdeu seu negócio. Confiscaram-me o trabalho. Não comemos mais até ficarmos saciados e não fazemos projetos. Mas estamos juntos Mohsen. É isso que é importante para nós. Estamos juntos para nos apoiar. Só temos nós mesmos para alimentar a esperança. Um dia, Deus vai se lembrar de nós. Ele vai perceber que os horrores por que passamos todos os dias não conseguiram diminuir nossa fé, que não desistimos, que merecemos sua misericórdia." [ Kadra, 2006]
O fragmento de texto acima, do livro Les Sirènes de Bagdad – título do original francês, o Kadra reproduz com muita propriedade o sentimento dos habitantes de Cabul, capital do Afeganistão no período pós invasão dos russos. Essa é a percepção que se instalou no pensamento dos afegãos.
No Iraque, mesmo sendo outro país, o sentimento é o mesmo, o que é denunciado com apurado conhecimento e relatos pelo jornalista britânico Jason Burke em seu livro On the Road to Kandahar – título do original inglês. Mas agora a origem dos problemas está na desastrada invasão pelo Estados Unidos e Inglaterra. Eles, os invasores sem nenhum pudor ou sentimento de culpa acabaram com as instituições públicas, as empresas privadas, os empregos, com as fontes de alimentos e, principalmente, com as esperanças dos iraquianos, um país com aproximadamente 30 milhões de habitantes.
Hoje, em torno de 45 milhões de pessoas – juntando as duas populações, do Iraque e do Afeganistão, após as destruições provocadas pelos seus mais recentes invasores, não tiveram nenhuma forma de ajuda que pudesse compensar o grau de danos provocados em seus lares e nas mentes de todos as pessoas que lá habitam.
Penso que a diferença entre o genocídio provocado na 2ª. Guerra e o genocídio acontecido no Afeganistão e no Iraque, é que nestas regiões os danos foram bem piores, pois além das mortes físicas, houveram as mortes disseminadas pela epidemia da falta de esperança no dia de amanhã; acabaram com as perspectivas de vida futura do povo; restou o ódio e o alimento da vingança.
Conforme Kadra, zumbis perambulam pelas ruas. Em seus lares predomina o medo, a pobreza e alimento escasso. Sem perspectivas de futuro qualquer oferta que lhes dê alguma chance de sobrevivência, mesmo que seja por um dia, é bem-vinda. As pessoas circulam sem qualquer certeza como será o dia seguinte e é neste contexto que as milícias se constroem e proliferam; ninguém tem nada a perder, pois eles já perderam tudo, só não perderam sua cultura de muitos milênios de anos.
Benazir Buto em seu livro Reconcilation: Islam, Democracy, and the West, também destaca a forma voraz que alguns países ocidentais tem de impor as suas políticas de dominação no Oriente Médio, com uma única preocupação: garantir o fluxo de petróleo para o ocidente, em especial para os grandes consumidores, como é o caso dos Estados unidos.
Por outro lado é importante se ter presente a teoria de Maquiavel que diz que não se pode dominar por muito tempo um país, a menos que o dominador saiba conquistar o povo, habilidade que os invasores modernos nunca tiveram.
Existe um ditado que não recomenda semear no deserto, pois a terra não é adequada para as sementes germinarem, mas, nos desertos do Afeganistão e do Iraque as sementes semeadas foram as do ódio, estas germinam em qualquer terreno e, principalmente, nas mentes de quem não tem mais nada a perder.