segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O Ciclo

by Jornei Costa

Tudo tem o seu tempo.  A natureza é feita de ciclos. Um ciclo termina, começa outro.  A vida é um exemplo de ciclo, cuja trajetória descreve um semiarco: início, meio e fim. Até podemos estender o semiarco e o ponto de inflexão da curva. Em teoria o tempo do ciclo até pode ser alterado, o seu fim não.

Os sistemas vivos quando não alimentados morrem. Todos os sistemas estão sujeitos a mudanças, seja pela influência de fatores sobre os quais não temos poder de controle ou, em alguns casos, pela sinergia do ser humano. As empresas para permanecerem vivas precisam revisar e lançarem novos produtos.  Quem faz tecnologia está sempre à procura de melhorias e buscando identificar novas necessidades. Modelos econômicos ao se exaurirem são abandonados. Teorias são revisadas. Os dogmas permanecem imutáveis. Tem situações em que a essência do modelo permanece, é oportuna e circunstancial; em outras, faz-se necessário mudanças, inclusive do núcleo.

As escolas e universidades precisam fazer correções em seus currículos. Ao não se fazer correções nos currículos corremos o risco de ficar-se atrasado em relação a novos desafios. A política precisa mudar. O que ainda era válido ontem, já não vale mais hoje. Olhar para a realidade e para o futuro do mundo regional e global é uma imposição de sobrevivência racional. Práticas até então aceitas podem se esgotarem por confrontarem com novas referências. Padrões até então aceitos como normais passam a serem anormais. As pessoas se cansam, ficam enjoadas, se estressam.
Vive-se num mundo de infinitas possibilidades.


As referências mudaram.  O padrão foi revisado. O metro ao ser revisado volta a ter mil milímetros. O ângulo reto que para alguns tinha oitenta e oito graus, agora precisa ter noventa. Novas exigências nasceram. Um ciclo termina, inicia-se outro. Os sistemas vivos estão sujeitos a mudanças, ás vezes para pior, às vezes, para melhor. Mas, no campo da mobilidade das grandes cidades, todos estão convencidos que a solução é o transporte coletivo de qualidade; para o clima, a redução do efeito estufa. E, na política da América de Sul, a Argentina já começa a dar sinais que o ciclo do abuso de poder generalizado está chegando ao seu final. Talvez, na política, surja um novo ciclo, o do abuso de poder eventual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário