sábado, 4 de julho de 2015

“Meu filho sabe tudo de computador”

by JCosta

Com esta expressão “meu filho sabe tudo de computador” os pais correm sérios riscos de estarem incentivando seus filhos ao uso da máquina a aprenderem matemática e português básico, habilidades que vão decidir o futuro da nossa sociedade.

Vejam o que disse Arnaldo Nisker, doutor em Educação e membro da Academia de Letras (ABL): “Estamos vivendo uma crise na qualidade dos nossos recursos humanos, o que acarreta graves consequências, pois muitas empresas se queixam de não poderem alcançar progresso em virtude dessa deficiência, que se revela em todos os graus de ensino, especialmente no médio e no superior”.

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o desempenho em matemática de alunos brasileiros, entre 65 países avaliados, ficou na 58º posição, ficando atrás do Chile, México, Uruguai e Costa Rica e à frente da Colômbia e Peru. Todavia, há que se destacar que entre 2003 e 2012, a média de desempenho dos estudantes brasileiros saltou 35 pontos, ou seja, de 356 para 391 pontos ficando 100 pontos abaixo da média de 494 pontos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: G1-EDUCAÇÃO, 03/12/2013.

Portanto, penso, sem qualquer dúvida, que é preferível usar uma folha de papel e um bom lápis preto nº 2 e saber matemática básica a operar uma máquina super-rápida com processamento em bits quânticos e ser totalmente analfabeto no uso dos números. O mesmo vale para a língua-padrão, no caso, o português. “Ele domina o computador”, mas escreve assessor com um “c” e “ç” “aceçor”. Enquanto isso, tratava-se uma guerra de conflitos entre o mercantilismo da venda de máquina, a ilusão de uma geração com pouca consciência e a educação brasileira. E aí fica a pergunta: como retirar o Brasil da 58º do ranking da OCDE?


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